Atos 8: 26 >
"Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai em direção do sul pelo caminho que desce de Jerusalém a Gaza, o qual está deserto."
Porque Deus nos chama para lugares desertos? Ou ainda, porque Ele nos permite passar por desertos? Sabemos que o Senhor abençoa tanto a comunhão entre Seus filhos amados e a unidade. Mas, vemos nesse verso (e não só nesse), que existem momentos nos quais Deus quer que fiquemos à sós com Ele, com o Seu Espírito. Em todas as Suas ações, há própositos e motivações válidas e santas. Até na solidão? Sim, até nela. Na passagem aqui citada, o próposito era a conversão de um eunuco que passava por Filipe. O Espírito o levou a pregar o evangelho a ele, que aceitando, foi batizado.
Mas a Bíblia diz que a graça de Deus é multiforme, ou seja, Suas razões diferem de pessoa para pessoa e de situação para situação. A forma de Deus agir é tão pessoal quanto nós somos pessoais.
Há algum tempo, Deus me deu uma música que diz:
"Me mostra que há cura no silêncio da nossa relação..." - é assim que muitas vezes Deus quer que fiquemos e que estejamos diante dEle: em silêncio. Sem que nada nos disperse e sem a agitação (abençoada agitação) dos grandes ajuntamentos. A multiforme graça nos faz perceber que Ele está disposto a agir nos retiros, congressos, viagens em grupo e vigílias... Sem descartar que Seu poder se manifesta da mesma forma ou até mais intensamente, dentro do nosso quarto, a sós com Ele, "curtindo" o silêncio da relação Pai e filho!
Tenho vivido esse tempo. Paz, silêncio e solidão santa no Senhor. Não é um deserto que testifica provação, mas nesse caso, diz de se retirar ao colo do Pai e ali ficar, ali estar... É um tempo de preparação para uma nova fase. Deus tem me ensinado, tem me tocado, tem me feito crescer e tem me libertado de coisas velhas para que Ele possa me encher de coisas novas.
Vinho novo, só em odre novo.
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